Cirurgia de fimose pelo SUS – Como solicitar?

Saiba o que é preciso para fazer cirurgia de fimose pelo SUS e as principais informações sobre o procedimento, aqui no Plástica Para Todos.

Fimose é o excesso de pele que fica por cima do pênis e dificulta que a glande (cabeça do pênis) fique exposta. Em geral, é muito comum que os bebês meninos tenham essa condição e isso costuma sumir com o passar dos anos. No entanto, se a pessoa chegar na adolescência e o problema ainda persistir, é necessário que haja uma intervenção cirúrgica para que a pele da glande seja removida.

Em homens adultos, a fimose pode causar problemas no desempenho sexual e também câncer de pênis. Já nas crianças, é comum causar dor e inflamação. A cirurgia de fimose pelo SUS é gratuita, no entanto, o tratamento aplicado varia muito de um caso para o outro.

Se você precisa desse procedimento, mas não tem dinheiro para pagar, leia este texto e saiba como fazer uma cirurgia de fimose pelo SUS.

Como fazer cirurgia de fimose pelo SUS

Para fazer a cirurgia de fimose pelo SUS, é preciso ir até a unidade de saúde mais próxima de sua casa e agendar uma consulta com algum urologista.

Ao chegar na unidade, você terá que mostrar o seu documento de identidade e o seu cartão do SUS. Se você não estiver com esse cartão por conta de extravio ou falta, será possível solicitá-lo na própria unidade de saúde.

Após finalizar o agendamento, haverá uma consulta onde será feita uma avaliação por meio de um exame físico. A partir daí, o profissional urologista dará orientações para você e explicará como será feito o tratamento.

Se a cirurgia realmente for necessária, você será encaminhado para a lista de espera de cirurgia SUS. Nesse caso, será preciso ter muita paciência, pois essa lista costuma ser longa.

Quem pode fazer a cirurgia de fimose pelo SUS?

Qualquer paciente cujo caso foi aprovado pelo urologista do SUS pode fazer a cirurgia de fimose pelo SUS gratuitamente. Contudo, será preciso passar pela lista de espera e aguardar o seu momento.

É bom ressaltar que, devido a pandemia do covid-19, todos os procedimentos da lista de espera do SUS foram atrasados. Ou seja, para fazer a cirurgia de fimose pelo SUS, será preciso ter muita paciência.

Causas da fimose

Normalmente, a fimose surge desde o nascimento em bebês do sexo masculino e pode continuar existindo, ou não, enquanto o paciente cresce e atinge a fase adulta. Contudo, a fimose pode piorar muito e criar vários tipos de problemas. Isso tende a acontecer muito em casos de falta de higiene no pênis ou situações onde a glande e o prepúcio estão inflamados.

Sintomas da fimose

A seguir, veja quais são os sintomas mais comuns gerados pela fimose:

  • Ardor e muita dificuldade ao urinar;
  • Dor nos momentos de ereção;
  • Pênis com mau cheiro;
  • Secreções na região íntima;
  • Dificuldade para controlar a vontade de urinar ao longo da noite;
  • Sangramento na área do pênis;
  • Infecção em volta do prepúcio.

Como saber se tenho fimose?

O único modo de detectar um caso de fimose é por meio do exame físico feito pelo urologista. Nesse exame, o profissional verificará se é possível deixar a glande do paciente exposta ou não. Basicamente, esse é o único modo de confirmar se a pessoa realmente está com fimose.

Se o paciente não conseguir retrair a pele do pênis a ponto de expor a glande, o problema realmente existe. Normalmente, o homem recebe a primeira verificação de fimose ainda quando bebê e, até os 5 anos de idade, isso continua sendo verificado nas consultas com o pediatra.

Com relação à fimose secundária, que pode aparecer na adolescência ou até mesmo na vida adulta, o próprio homem pode verificar se existe alguma dificuldade na hora de retrair a pele. Se algum problema for percebido, a pessoa deve marcar uma consulta com algum urologista imediatamente. Dessa forma, o especialista fará uma análise da situação e indicará o tratamento necessário.

Tratamentos para fimose

A seguir, veja os tratamentos mais indicados para casos de fimose:

  • Pomadas à base de corticoides: com propriedades anti-inflamatórias, essas pomadas são antibióticas e analgésicas. Com isso, elas conseguem facilitar o deslizamento da pele sobre a glande;
  • Exercício de retração da fimose: essa técnica costuma ser usada em meninos acima dos cinco anos de idade. Basicamente, a criança fará alguns movimentos para retrair a pele do prepúcio aos poucos, sem forçar ou machucar o pênis.
  • Cirurgia: Indicada em alguns casos, como podemos conferir no tópico a seguir.

Quando é indicada a Cirurgia de fimose?

Se os tratamentos mostrados anteriormente não resolverem o problema, o médico encaminhará o paciente para a cirurgia. Esse procedimento pode ser feito com a remoção total da camada de pele que recobre a glande ou com alguns pequenos cortes na pele. A partir desses cortes, a pele da cabeça do pênis poderá ser exposta com maior facilidade.

Além de retirar a pele da fimose, o especialista poderá fazer um corte para liberar o freio curto do pênis.

Um dos tratamentos cirúrgicos mais comuns para fimose é a posteoplastia, também chamada de postectomia. Essa cirurgia costuma ser simples e apresenta poucas chances de complicações. Esse procedimento é indicado apenas em situações específicas, pois nem todos os casos de fimose exigem isso.

Em homens adultos, a cirurgia tende a ser executada com anestesia local por meio do bloqueio peniano. Por sua vez, as crianças passam pela cirurgia por meio da anestesia geral.

Normalmente, o período mais adequado para a cirurgia é antes da adolescência, pois a fimose pode interferir na qualidade da atividade sexual. Inclusive, isso pode comprometer a fertilidade, pois dificulta muito a saída do sêmen.

Caso a família queira fazer a circuncisão por questões culturais ou religiosas, isso deve ser feito ainda no período neonatal.

Complicações causadas pela fimose

Além de ser uma das grandes causadoras do câncer de pênis, a fimose, quando não tratada corretamente, costuma gerar outros problemas, pois limpar a região se torna muito difícil devido a pele que cobre a glande. A seguir, saiba quais problemas são esses:

  • Relações sexuais doloridas;
  • Risco de infecção urinária;
  • Aumento do risco de doenças como HPV, câncer de pênis e outras doenças sexualmente transmissíveis;
  • Risco elevado de surgir uma parafimose, quando o prepúcio fica preso e não consegue recobrir a glande.

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