Colocar DIU pelo SUS

Colocar DIU pelo SUS: Saiba quais os requisitos para conseguir o procedimento gratuito pelo Sistema de Saúde!

Se você precisa colocar o DIU, mas não tem como pagar pela cirurgia, você pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, será possível conseguir o seu procedimento cirúrgico sem custo nenhum.

Por mais que o SUS esteja longe de ser perfeito, ele ajuda milhões de pessoas em todo o Brasil, pois oferece diversos procedimentos cirúrgicos gratuitamente, incluindo a inserção do DIU. A seguir, leia este texto e saiba como colocar DIU pelo SUS.

DIU: o que é, como funciona e quais os tipos?

O dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo reversível, de longa duração e que funciona de forma eficaz, muito procurado por mulher que já teve filhos ou não deseja ser mãe por determinado período de tempo. Esses dispositivos são muito seguros e, a partir da adolescência, podem ser utilizados por mulheres de todas as idades até o fim da menopausa.

Vale ressaltar que, o DIU foi criado para prevenir uma gravidez e não uma doença sexualmente transmissível. Portanto, mesmo após a inserção do dispositivo, os casais devem continuar utilizando a camisinha.

Antigamente, existia um conceito errôneo sobre o DIU em mulheres que nunca tiveram filhos. Naquela época, as pessoas achavam que, ao colocar o DIU antes da primeira gestação, a mulher nunca mais poderia ter um filho.

Atualmente, existem vários estudos que comprovam a segurança do DIU. Esse dispositivo é muito seguro e seu uso é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para mulheres jovens e adolescentes.

Tipos de DIU

Basicamente, existem dois tipos de DIUs: a versão mais antiga, feita de cobre ou prata e a versão hormonal, chamada de Mirena. O que diferencia um do outro é o efeito causado na menstruação da paciente.

O DIU metálico eleva o fluxo menstrual e pode causar e até mesmo piorar os efeitos da cólica menstrual. Por sua vez, o Mirena (DIU hormonal) inibe a menstruação da mulher e a deixa sem menstruar.

Por mais que tenha o hormônio feminino levonorgestrel (uma espécie de progesterona), o modo como o Mirena libera a substância acaba atrofiando a camada interna do útero da mulher. Por conta desse atrofiamento, o organismo feminino absorve menos hormônios do que absorveria com qualquer outro método anticoncepcional (anel vaginal, pílulas, adesivo, implante, entre outros).

Devido a redução da absorção, o Mirena quase não possui efeitos colaterais, o que lhe torna um método contraceptivo muito seguro. Por exemplo, o risco dele causar trombose no útero da mulher é praticamente nulo.

Um efeito colateral muito comum causado pelo Mirena é o sangramento de pequena intensidade, chamado de “escape”. Esse sangramento pode ocorrer nos primeiros meses após o DIU ser inserido na mulher.

Tanto o Mirena quanto o DIU metálico podem ser inseridos no consultório, sempre com anestesia local e, de preferência, durante o período menstrual. A razão para isso é que, na fase da menstruação, o canal do útero fica mais aberto e facilita a inserção do DIU.

Desde que todos os cuidados necessários sejam tomados, grande parte das mulheres que colocarem o DIU, seja qual for o tipo, não passarão por nenhum problema durante a cirurgia.

Como conseguir o DIU pelo SUS

Para saber como colocar o DIU pelo SUS gratuitamente, veja as instruções abaixo:

1.     Procurar uma UBS para colocar DIU pelo SUS

O DIU é um método contraceptivo de alta eficiência. Geralmente, a inserção desse dispositivo é oferecida em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em hospitais que possuem atendimento ginecológico.

As mulheres podem colocar o DIU desde a fase da adolescência até a fase da menopausa. Caso queira colocar o DIU pelo SUS, é preciso procurar a UBS mais próxima de sua residência e perguntar se ela oferece esse tipo de procedimento para realizar inscrição, a fim de iniciar os procedimentos necessários para inserção do dispositivo, visto que, antes da inserção é necessário realizar os exames de Papanicolau e Transvaginal.

2.     Participação no grupo de planejamento

Após encontrar uma unidade que realize o procedimento gratuito de DIU pela UBS, a paciente deve ir até o local e marcar uma consulta. Alguns médicos acreditam que seria interessante a mulher participar de um grupo de planejamento familiar.

Passar por esse grupo não é obrigatório, mas seria importante para que a paciente conhecesse todos os métodos contraceptivos existentes. Além disso, ela poderia entender se, no caso dela, a inserção do DIU Mirena realmente seria útil.

Segundo a ginecologista Cristina Guazzeli, muitas pessoas acreditam que conhecem todos os métodos contraceptivos, contudo, existem coisas que muita gente ainda não conhece.

Além disso, a médica afirma que, existem muitos mitos e fantasias relacionados à vários métodos anticoncepcionais. Nesse caso, seria importante a paciente ouvir a palestra e poder avaliar qual é a melhor escolha para a vida dela. Vale ressaltar que, o grupo de planejamento familiar é composto por assistentes sociais, médicos, psicólogos e enfermeiras.

3.     Agendar a consulta para colocar DIU pelo SUS

Após passar pelo grupo de acompanhamento, a paciente será encaminhada para uma consulta com o ginecologista da UBS. Caso a pessoa não queira participar do grupo de acompanhamento, ela poderá marcar a consulta pessoalmente na UBS ou no hospital escolhido.

4.     Fazer o exame preventivo

No dia da consulta, o médico fará uma avaliação ginecológica para saber se a paciente possui condições físicas de receber o DIU em seu útero.

Se não existir nenhuma contraindicação, o médico irá preparar a paciente e pedir todos os exames pertinentes, incluindo a avaliação do ambiente vaginal (teste de Papanicolau). Se todos os exames mostrarem que a paciente está apta para receber o DIU pelo SUS, ela poderá agendar o procedimento.

Segundo grande parte dos médicos, se o último Papanicolau feito pela paciente tiver menos de um ano, ele já é o suficiente para que a inserção seja feita.

5.     Consulta pós procedimento DIU pelo SUS

Provavelmente, para fazer a inserção do DIU, o médico priorizará uma data em que a paciente esteja menstruada. Como foi dito anteriormente, o período da menstruação é o melhor possível para que uma paciente receba o DIU em seu corpo.

Trinta dias após o dispositivo ser colocado, a paciente deve retornar ao médico. Esse retorno é importante, pois o ginecologista irá verificar se o corpo da paciente realmente se adaptou ao dispositivo. Normalmente, o DIU oferecido pelo SUS tende a durar entre três a dez anos.

Qual é o valor do DIU?

De acordo com o site do Dr. Drauzio Varella, o valor do DIU tende a mudar de acordo com o material e com o modelo escolhido. No caso do DIU de cobre, o valor varia entre R$ 150 e R$ 200. Por sua vez, o preço do DIU de prata varia entre R$ 300 e R$ 380. Por fim, o preço do DIU Mirena varia entre R$ 800 e R$ 900.

Como o valor do DIU é alto, muitas mulheres recorrem a colocar o DIU pelo SUS, pois é um procedimento gratuito oferecido pelas unidades de saúde.

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