Saiba como ganhar silicone pelo SUS, bem como, quem pode fazer a cirurgia, inscrição e demais informações importantes para realização do procedimento.
Basicamente, a cirurgia plástica pode ser aplicada de dois modos diferentes: para questões estéticas ou para fins de reparação. Com relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), as plásticas, incluindo a cirurgia de silicone, são feitas exclusivamente para fins de reparação.
Dessa forma, a mulher que deseja ganhar silicone pelo SUS, precisa saber que é necessário se enquadrar nos casos que o SUS classifica como necessidade médica. Ou seja, se uma pessoa pretende ganhar um silicone do SUS apenas para fins estéticos, ela simplesmente não conseguirá o procedimento.
Se você precisa colocar um implante de silicone por razões médicas (incluindo causas psicológicas), mas não tem condições de pagar, leia este texto e saiba como ganhar silicone pelo SUS.
É possível colocar prótese de silicone pelo SUS?
Como foi dito anteriormente, é possível colocar prótese de silicone pelo SUS. Contudo, esse procedimento só deve ser feito em situações de reparação. A seguir, conheça algumas situações onde a prótese do SUS pode ser colocada:
Fins de reparação
Em boa parte dos casos, as plásticas estão mais voltadas para fins estéticos do que para qualquer outra coisa. Contudo, existem situações onde os reparos têm outros motivos além de deixar alguém mais bonito ou menos feio.
Em alguns casos, esses procedimentos, incluindo as próteses de silicone, podem transformar a vida das pessoas para melhor, especialmente quando elas possuem traumas físicos e emocionais por conta de acidentes ou até mesmo por alguma deformidade de nascença.
Violência doméstica
As mulheres que passaram por violência doméstica podem ganhar silicone pelo SUS. Por exemplo, em situações onde foram causadas lesões nas mamas, essas mulheres podem recorrer ao atendimento do SUS e pedir cirurgias de reconstrução caso seja necessário.
Nessas situações, cada paciente é avaliada de um modo particular e, após uma série de exames, o médico do SUS irá definir ou não a necessidade da reparação. Ademais, a situação psicológica da paciente também será analisada.
Câncer de mama
Em situações relacionadas ao câncer de mama, o SUS coloca o silicone na paciente que retirou a sua mama. Essa regra foi criada em 2013, a partir de um projeto de lei aprovado naquele ano. Nesse projeto, existe uma garantia de assistência médica para todas as mulheres que sofreram com tumor em suas mamas.
Por conta disso, a reconstrução dos seios se tornou a mais comum a ser feita pelo SUS. Isso ajuda muito as mulheres que precisaram retirar um de seus seios por conta do câncer.
Em 2012, alguns representantes do governo, em parceria com algumas sociedades médicas, decidiram que todas as pacientes do SUS que colocaram silicones das marcas Rofil e PIP e apresentaram algum sinal de ruptura em suas próteses, poderão procurar o SUS para pedir assistência e até mesmo a troca da prótese, se for necessária.
Como se inscrever para cirurgia plástica pelo SUS?
Para fazer a inscrição para receber uma cirurgia plástica pelo SUS, é necessário ir até a unidade de saúde mais próxima de sua residência com seu Cartão do SUS e um documento de identidade.
Ao chegar no local, será marcada uma consulta com o médico daquela unidade de saúde e haverá um encaminhamento para um psicólogo. A partir daí, se o caso do paciente for aprovado, haverá a confirmação da cirurgia. Contudo, apesar dessa confirmação, o paciente terá que entrar na lista de espera do SUS e aguardar a sua vez de agendar o procedimento.
Vale lembrar que, se a razão da cirurgia de silicone é o câncer de mama, pode haver uma demora ainda maior para o procedimento. Nessas situações, o médico só fará a cirurgia se ele tiver total certeza que a paciente está curada da doença.
Por isso, antes de fazer qualquer cirurgia, é muito importante fazer um acompanhamento profissional para saber se seu corpo está pronto para receber o procedimento.
Quem pode ganhar silicone pelo SUS?
De um modo simples, qualquer paciente que for aprovada na consulta da unidade de saúde pode ganhar silicone pelo SUS. Ou seja, se o médico da unidade definir que a pessoa realmente depende do SUS para obter a cirurgia, o direito dela estará garantido.
Entretanto, como já foi explicado, as plásticas do SUS não possuem finalidade estética. Ou seja, elas só serão aplicadas se você realmente se encaixar em alguma das necessidades já citadas neste texto, como reconstrução dos seios, lesões por violência doméstica, entre outras coisas.
Pode colocar silicone a partir de que idade?
Normalmente, uma mulher pode passar por uma cirurgia de silicone a partir dos 16 anos de idade ou dois anos após a primeira menstruação. Em geral, o desenvolvimento das mamas já está completo após essas duas fases. Por outro lado, não existe limite máximo de idade para fazer uma cirurgia desse tipo, basta que a saúde da paciente esteja em boas condições.
Qual é o valor do silicone?
Nos dias de hoje, as próteses de silicone custam entre R$ 2000 e R$ 2800 e o tamanho costuma variar de acordo com o modelo e seus fabricantes. É importante deixar claro que, o tamanho da prótese não tem influência em seu preço.
Por outro lado, um elemento que pode alterar o preço da prótese é o tipo de revestimento, que pode ser texturizado ou de poliuretano.
Antes de fazer a cirurgia, a pessoa deve levar em consideração que, além das próteses, existem outros fatores que elevam o valor do procedimento. Por exemplo, se a cirurgia for feita em um hospital, haverá custos com os profissionais especializados, como instrumentadores, anestesistas e, obviamente, os médicos.
Levando em consideração os gastos adicionais, a cirurgia pode custar entre R$ 11.000 e R$ 22.300. Esses valores foram atualizados em março de 2021.
Tem como pagar silicone parcelado?
Primeiramente, é preciso deixar claro que existem dois tipos de parcelamento: aquele que é feito diretamente pelo médico da cirurgia e aquele que é feito pelas empresas que intermediarão a cirurgia plástica.
O parcelamento feito pelo médico no consultório após a confirmação da cirurgia é totalmente legal. Inclusive, ele facilita a vida de muitas pessoas que buscam esse tipo de procedimento cirúrgico, especialmente as que têm menos condições financeiras.
Por outro lado, o parcelamento feito pelas empresas intermediadoras pode ser perigoso, pois visa apenas o lucro. Inclusive, existe o risco da empresa cobrar e até mesmo receber as primeiras parcelas antes mesmo do paciente saber se ele realmente pode fazer a cirurgia.
Segundo a Resolução CFM Nº 1.836/2008, essa conduta das empresas é antiética e o médico não deve atender nenhuma pessoa que chegou até ele dessa forma. Se o médico fizer esse atendimento, estará agindo de forma ilegal.